sexta-feira, setembro 07, 2007
Minha Patria (II)

Minha Pátria!
Minha Pátria não é só a terra, o ar, o mar e a alegria do carnaval, do futebol que alimenta um país que se espalha ao longo desse oceano. Minha Pátria não só a seca, a fome, a praia, um litoral majestoso, que acolhe e inebria todo aquele que ali chega, nem toda alegria desse povo que por nada ou pouca coisa, canta e dança e se esquece das suas próprias dores. Minha Pátria é também meu coração, minha alma, meu sorriso, minha voz e meu lamento. Minha Pátria é também minha alegria, meu calvário e minha luta, é toda a minha contradição, esperança e desalento, meu fiel, meu rumo e norte! Minha Pátria é minha crença, meu espaço, meu terreiro, onde planto e saboto as dores do meu viver. Minha Pátria é o meu país, onde vivo e me escondo com todos os defeitos, minhas crenças e esperanças, que amanhã será sempre um novo dia para se ter outra esperança! Minha Pátria é a minha luta, minha estória que soletro em cada rima, em cada prosa, em cada palavra que registro em poesia. Minha Pátria é minha vida, paixão e cruz, é o lugar onde vou deixar as minhas cinzas! Minha Pátria será sempre esse Brasil que eu adoro!
Texto: Elenara Teixeira.
Agradeço o texto feito para este post. Gosto dessa 'diversidade de sentimentos' em relaçao ao Brasil, ontem texto de Salamar com a indignaçao do desgoverno, hoje Elenara Teixeira com a visao poetica (ou sera visao feminina... maternal..).
Minha Patria

“Minha pátria é como se não fosse”.
Se o Poetinha estivesse aqui, reafirmaria sua vontade de chorar e a sensação de fragilidade infantil da nossa pátria.Fragilidade sim, porque é escrava de seus filhos desavergonhados e, como mãe, ainda os acolhe e protege.Nós somos seus filhos e ela é infantil em sua incapacidade de compreender as correntes lodosas que a estão submergindo. Infantil na medida em que a maioria dos seus filhos é ignorante, cega e, por isso, muda, inerte. Infantil, porque diante da força de seus inimigos, encolhe-se e se esconde.
“Choro de saudades da minha pátria”.
Choramos todos diante da pátria aviltada, preterida em nome de ideólogos do caos esquerdista e seus lacaios, porque aqueles não existem sem esses. Pátria, pátria, onde estão seus filhos ridiculamente, lindamente verde-amarelos que trabalham por si? Foram todos levados, foram todos comprados pela maré vermelha?
“A minha pátria é desolação de caminhos, a minha pátria é terra sedenta...”
Nos versos do Poetinha a nossa contemporaneidade: o deserto, a morte, a falta de homens de bem, de homens corajosos à frente dos destinos da patriazinha indefesa diante do fim da ética, morrida de morte matada por seus espúrios filhos que a renegam todos os dias em proveito próprio.Nestes tristes versos, a sede da pátria amada. Sede de futuro, mas, principalmente de presente, de desenvolvimento agora, de seriedade agora, de justiça, agora. Sede de vergonha na cara para os seus filhos que assumem desavergonhadamente que a ética é lixo e, como tal, deve ser desprezada.Acorda minha pátria!Levanta do teu berço esplêndido e coloque o teu bloco de cidadãos na rua para derrotar a mentira contumaz, para expulsar os corruptores, os ladrões do seu sangue, do seu suor de suas esperanças.Chega de libertas quae será tamen.Queremos liberdade e moralidade hoje, neste que já foi o seu dia.
Levanta-te minha Pátria.
Texto: Saramar
quarta-feira, setembro 05, 2007
Doce Criança
Otavio by MiriamVolpiceli
SÓ TU DOCE CRIANÇA
Nas tuas mãos um papel
Pode ser de mil cores
Um soldado sem quartel
Ou um jardim com flores
Um avião que não pousa
Uma bala que não mata
Um cavalo sem arreata
Que não conhece senhor
Um irmão com quem tu brincas
À apanha, e ao pião
Um pão quente que tu trincas
Como só se trinca o pão
Pai que te faz companhia
Nos teus sonhos sempre belos
Uma mãe quente e macia
E que te afaga os cabelos
Tudo quanto a vista alcança
E possas imaginar
Que só tu doce criança
Consegues reinventar.
Mário Margaride
Caminhos
Caminho de Babi by MiriamVolpiceli
CAMINHOS...CAMINHOS...
Jenario de Fátima
Caminhos que se foram e vieram Caminhos em que andei, andarilhei Caminhos que por certo ainda me esperam E por certo caminhos que ainda irei.Sei bem! Estes caminhos muitos eram Apenas uns atalhos e desviei, Porém estes desvios só me deram A certeza de que pouco ainda andei. Andar preciso mais é o que sinto, Mesmo que hajam escarpas e ladeiras E mesmo em intrigantes labirintos.Talvez andando assim, eu veja indício(Por mais que tenha a vista nevoeira)De quando é uma reta,ou precipício!
Jenario de Fátima
Caminhos que se foram e vieram Caminhos em que andei, andarilhei Caminhos que por certo ainda me esperam E por certo caminhos que ainda irei.Sei bem! Estes caminhos muitos eram Apenas uns atalhos e desviei, Porém estes desvios só me deram A certeza de que pouco ainda andei. Andar preciso mais é o que sinto, Mesmo que hajam escarpas e ladeiras E mesmo em intrigantes labirintos.Talvez andando assim, eu veja indício(Por mais que tenha a vista nevoeira)De quando é uma reta,ou precipício!
Casa Velha
Na vila velha, a casa velha, ou as veias nas fendas onde correm trepadeiras de campainhas azuis que sempre voltam com as andorinhas, ou os gatos invisíveis nos parapeitos, a lamber feridas inventadas, ou os restos teimosos da tinta verde nas paredes da sala de jantar, ou o frio respirar das lagartixas no beiral do telhado azul de nuvens raras. Lá dentro, uma tosse miúda, persistente, ou um ranger de portas empenadas ou os talheres a tilintar na mesa, a abafar suspiros censurados, ou os gritos do medo pelo escuro ou o piar do velho mocho ou as correrias das crianças: não me apanhas, não me apanhas… Ali a casa ainda habitada a alimentar ruínas.
Licínia Quitério, "Da Memória dos Sentidos"
quinta-feira, abril 26, 2007
A Abelha
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